terça-feira, fevereiro 14, 2006

Maldiciário: Letra D-3

Sempre a triologia, até aqui, nos D's. Deus. Hoje vou falar mal de Ti, para que não penses mal de mim. Que raio dizes tu a isto tudo? Isto tudo, digo a estas coisas que te acusam de ser e depois de não porque és aquele ser que não podes ser nem tens necessidade de ser assim representado porque és a palvara que teimamos em não ouvir. Deus é a ti que venho pedir contas, depois de outros tantos e mais que muitos antes de mim o terem feito. Onde raio te encontras tu que não te encontro, nem sei quem és. Consta que um tal dinamarquês te serviu mal, representando-TE de forma menos própria. Mas que sabem eles de Ti, Tu que sabes de todos? Não querendo prolongar esta arruaça que já tanta tinta gastou, deixo-te em paz, tal como nos prometeste um dia, pelo menos assim consta, ali para os lados dos infiéis de ontem e crentes de hoje... e confuso vou conseguindo não pensar na tua não existência.

domingo, fevereiro 12, 2006

Maldiciário: Letra D-2

Confesso que quanto mais olho para o mundo menos percebo. As DitaDuras, duplo D, são Coisas estranhas. Como dizia alguém, primeiro estranha-se depois entranha-se. Que raio de coisa esta que está a acontecer no mundo. É um absurdo alguém me dizia hoje, e eu dizia que não e repito, que não é absurdo. O motivo desta guerra é fútil, mas não absurdo. Não percebo as DitaDuras, do mesmo modo que não percebo as Democracias. PARA O CARALHO PARA ELES TODOS! DITADORES DEMOCRATAS E DEMOCRATAS DITADORES. IDE PARA A PUTA QUE VOS PARIU. E se me chateio assim, é porque por mais pensamentos e conjecturas que elabore não consigo sair da minha pequenez e do meu limitado espaço de intervenção. Se calhar as DitaDuras fazem bem, para percebermos o bom de sermos Democratas. Se eu fosse um ditador acabava com a ditadura. É banal eu sei, mas perante a banalidade corrente que percorre o mundo, nada mais me apraz dizer. Até porque não me sinto iluminado para a prosa.
Pergunto: Poderá haver DitaDuras sem a vontade do povo de as legitimar? Um governo democrático não é ele também legitimado pelo seu povo? Estou confuso, confesso. Acho que só mesmo o aconhego de um regaço feminino me acalmará o perturbado pensamento.
E chocado, vou vivendo estes tempos estranhos, de DitaDuras e outras coisas moles.
PS: Alguém me disse que isto tudo se insere numa teoria mais vasta da conspiração. Gabo-lhe a perspicácia, se assim for e se provar que é verdade. Espero que tudo seja apenas coincidências, e que a DitaDura seja ela qual for não dure mais que o tempo necessário à construção do tempo possível.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Maldiciário: Letra D

A diabo da cracia até comichão faz no céu da boca. Como pode alguém almejar falar nela? De poder, só tem a sua submissão ao poder eleito. É um conceito subversivo. Onde está o poder propagandeado por tantos chamados a si mesmo Demos? Ai como ela nos corrompe com as suas falsas ilusões. Esta coisa que nos regula, desregula-nos o entendimento. Quando todos falam ninguém se ouve, do mesmo modo que quando só um fala alguns ouvem. Circular tal qual o conceito do Demo. Esta letra está destinada a ser comprida... a seguir virá o tal Dito que dura e mais tarde o tal ser que está acima de todos até Dele próprio. Ui ui...
PS: proponho um voto de protesto a favor.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Maldiciário: Letra C

Não me esqueci da letra B. Mas se tiveram atenção ao bloq e leram o texto que precede este, verão que B se aplica na íntegra para bicicleta, logo, maldigo para C.
Campanhas... para que servem? Seria para nos esclarecer, mas quem sai esclarecido de qualquer campanha feita por aqui... eu não. Ou sofro de alguma incapacidade de assimilar aquela realidade propagandista, ou então as campanhas não passam de perca de tempo e dinheiro, que tão bem podiam ser usados com outros fins mais benéficos, por exemplo, pagar-me uma viagem de um ano à volta do mundo fazendo Campanha pelo nosso belo país... As Campanhas deviam ser proibidas, porque de facto elas apenas confundem e cansam o espectador que as assiste. Campanhas deviam ser substituídas por Campainhas ou Campanários, para que a mensagem seja certa e percebida por todos. Quanto toca a campainha sabemos que alguém está à nossa porta, e mesmo que tenha usado o velho truque do toca e foge, sabemos que foi na nossa porta que tocou, logo, o propósito de tal toque é nos dirigido directamente. Quanto aos Campanários é muito simples, neles se houve o sino tocar, ou dando as horas, e de graça vejam bem, ou assinalando algum serviço religioso. Ou seja, informação clara e directa, sem a palhaçada e aldrabada que se vê nas Campanhas. Hoje saiu Campanhas mas poderia sair outra Caralhada qualquer. A letra C de facto tem muito buracos, que nos poderia deixar aqui muito tempo agarrado aos Colh... a escrever esta Cagada de Crónica.